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SESSÃO III

Competitiva Bahia

Memórias e Territórios

Exibição presencial
31/10 - Auditório Leite Alves CAHL

18h

Direção: Emanuel de Matos

Dança de Recordações

Um passeio por dentro de memórias eternizadas dentro de um diário. Celma utiliza sua agenda como seu fio condutor que abraça seus momentos, sentimentos e amores. Em um curta experimental que explora a reflexão das lembranças e o quanto essas memórias foram importantes para formar a pessoa que ela é hoje.

Direção: Carlos Eduardo Santos de Jesus

Sem Erva Não Há Orixá

Ojíji é um pequeno e amigável espírito sombra que vagueia pela natureza em busca de aventura. Seus dias são agitados, porém solitários. Um dia, Ojíji acorda e, aventurando-se pelas redondezas, encontra uma erva viva, que desperta sua curiosidade. Ele então decide se abrir a essa nova possibilidade de companhia.

Boipeba Tem História pra Contar

Direção: Gabriel Gomes dos Santos; Outonno Selva; Dominique Gartmann; Grisel Sarich

“Boipeba tem historia para contar” é um registro de encruzilhada que articula personagens reais com suas próprias criações e sonhos. É a intersecção que nos coloca no mesmo tempo-espaço de personagens que habitam a Ilha. A Matriarca Jenice, Leno Escultor, Seu Cabeludo do Museu dos Ossos e Seu Rosir da casa de Farinha, protagonizam essa narrativa documentária a partir da sua relação com o território, com a natureza e com o mistério: ossos, madeira, musica, mandioca e a ponte-diálogo entre tradições e ancestralidade.

Direção: Clara Campos e Bianca Bomfim

Retrato Tumbalalá

O filme foi realizado com o Povo Tumbalalá, da Aldeia Indígena do Pambu, Abaré, Bahia, que historicamente luta por reconhecimento, respeito e principalmente o direito ao território. Entendemos ao mesmo tempo o processo de autoafirmação como indígenas e a demarcação desse povo, sua história, suas lutas, sofrimentos e conquistas. Percebemos a importância da natureza e do rio para as tradições, rituais e para a essência deles.

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        Esta sessão propõe um mergulho nas diversas camadas de memória, identidade e território, exploradas em linguagens cinematográficas que atravessam o documental, o experimental e a animação. As obras apresentadas conduzem o espectador a uma reflexão sobre as relações entre pessoas, suas histórias e o ambiente que as cerca, seja ele o universo íntimo das lembranças, a espiritualidade conectada à natureza ou a luta por reconhecimento e sobrevivência de comunidades.
        Dança de Recordações nos leva a um passeio sensível pelo interior de um diário de memórias. Neste curta experimental, Celma compartilha suas vivências e emoções registradas em sua agenda, um elo com suas lembranças mais marcantes. Através de uma montagem cuidadosa e uma narração envolvente, o filme reflete sobre como essas experiências moldam a identidade da protagonista. A obra levanta questionamentos sobre a fronteira entre o documentário e a ficção, trazendo uma ambiguidade poética ao contar uma história que, embora pessoal, reverbera de maneira universal.
        Em Sem Erva Não Há Orixá, a animação ganha vida com a jornada de Ojíji, um pequeno espírito em busca de conexão com a natureza. A fluidez dos movimentos e o cuidado estético ressaltam a importância das folhas no Candomblé, uma tradição afro-brasileira em que a espiritualidade se entrelaça com o ambiente natural. Embora a construção visual seja primorosa, o filme levanta questões sobre as escolhas narrativas em seu desfecho, permitindo um olhar crítico sobre a complexidade simbólica e a representação da cultura afro-brasileira.
        Boipeba Tem História Para Contar é um documentário que articula realidade e criação ao nos apresentar a vida e os sonhos de personagens que habitam a Ilha de Boipeba. Através das histórias da matriarca Jenice, de Leno Escultor, Seu Cabeludo e Seu Rosir, somos conduzidos por uma narrativa que mistura arte, tradição e ancestralidade, revelando a íntima conexão dessas figuras com o território em que vivem. Ossos, madeira, mandioca e música são os elementos que constroem a ponte entre o passado e o presente, enfatizando a riqueza cultural da comunidade local.
        Por fim, Retrato Tumbalalá nos convida a conhecer a trajetória do povo indígena Tumbalalá, da Aldeia do Pambu, no sertão baiano. O filme documenta a luta histórica desse povo pelo reconhecimento de sua identidade e pelo direito ao seu território. Ao destacar a relação intrínseca entre a natureza, os rituais e a essência da comunidade, a obra nos faz refletir sobre os desafios enfrentados por grupos indígenas no Brasil e oferece uma perspectiva potente sobre a resistência e a preservação cultural.
        Cada uma dessas produções, com suas singularidades e perspectivas, reforça a importância do cinema como um espaço de diálogo entre memórias, culturas e territórios. O fio condutor desta curadoria é a valorização de histórias que emergem de lugares e tempos muitas vezes marginalizados, mas que são fundamentais para entendermos a complexidade do presente.

Memórias e Territórios

Texto por: guivinte4

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